Entrevista com Dr. Leandro Alves Coelho
No 10º ano de fundação da Academia de Letras Jurídicas do Sul da Bahia (ALJUSBA), dia 20 de maio, entrevista o advogado e professor universitário Dr. Leandro Alves Coelho, um dos seus fundadores e o seu histórico primeiro presidente.
Leandro
Alves Coelho – É advogado militante. Pós-graduado em Metodologia do Ensino
Superior com especialização em Direito Tributário pela Unisul. Mestre em
Planejamento e Gestão Ambiental com ênfase em Tributação e Meio Ambiente pela
Universidade Católica de Salvador (UCSAL). Professor de Graduação e
Pós-graduação. Membro-fundador e ex-presidente da Academia de Letras Jurídicas
do Sul da Bahia (ALJUSBA) e autor do livro “ICMS Ecológico - Aplicável à área de influência do Complexo
Intermodal do Sul da Bahia”.
Quem são os
fundadores da Academia de Letras Jurídicas do Sul da Bahia (ALJUSBA)?
Leandro Coelho
– Sem sombra de dúvida, o idealizador da ALJUSBA, é o advogado e professor
Vercil, Rodrigues, que junto comigo, Leandro Alves Coelho, Dr. José Carlos
Oliveira, Dr. Cosme Reis e Dr. Paulo Bomfim fundou a Academia, no dia 20 de
maio de 2011, portanto, há 10 anos, na cidade de Itabuna, apesar da "Casa das
Letras Jurídicas”, pertencer aos operadores do Direito e juristas do Sul da
Bahia.
Como surgiu
ALJUSBA?
Leandro Coelho
– Surgiu de um anseio da comunidade jurídica Sulbaiana em ter uma instituição
que pudesse reunir os grandes nomes do mundo jurídico em nossa região Sul da
Bahia. Sabíamos que já existia uma Academia de Letras Jurídicas da Bahia com
sede em Salvador, mas a mesma não oportunizava de forma igualitária espaço de
divulgação de nomes de destaques de outras regiões que não aqueles atuantes em
Salvador. Sendo assim, a ALJUSBA veio para atender esse anseio de toda
comunidade sul baiana em busca de espaço, reconhecimento e visibilidade.
Como se deu seu o processo de criação e estruturação da ALJUSBA?
Leandro Coelho
– Inicialmente, com a ideia em mente de alguns dos fundadores, o primeiro passo
foi fazer o levantamento histórico dos patronos e dos “imortais” que iriam compor as cadeiras, bem
como quais eram seus respectivos legados para a comunidade jurídica. É de bom
alvitre informar que a academia contou com os préstimos de Vercil Rodrigues,
pois o mesmo além de ser jurista é, antes de tudo, historiador, tal fato
auxiliou demais na compilação de dados acerca daqueles que comporiam a nossa
academia de letras jurídicas sulbaiana, sediada na cidade de Itabuna.
Como ocorreu o
processo de escolha dos integrantes da academia, os imortais?
Leandro Coelho
– Nesse aspecto tínhamos um propósito de compor a Academia com integrantes de
todos os ramos de atuação do Direito, ou seja, juízes, advogados, promotores,
professores universitários de cursos de Direito, delegados, servidores, desde
que todos eles tivessem um ponto de convergência, qual seja, a produção
literária no âmbito da ciência jurídica. E assim foi feito.
Com foi a
recepção da ideia de formação da ALJUSBA pelos escolhidos a ocupar uma cadeira
como imortais?
Leandro Coelho
– Foi a melhor possível. Como não se empolgar com um convite desta natureza?
Foi uníssona a recepção da ideia por todos escolhidos, que diga se de passagem
foram democraticamente eleitos em votação secreta pelos membros fundadores da
“Casa da Letras Jurídicas Sulbaiana”, pois era extensa a lista. Me recordo que todos receberam a ideia com
muito entusiasmo e empolgação.
Depois da
compilação dos dados históricos e a escolha dos imortais e patronos, quais
foram as ações realizadas pelos fundadores da ALJUSBA?
Leandro Coelho
– Primeiro a votação do Regimento e Convenção da Academia, logo em seguida foi
necessário formalizar os atos constitutivos como a criação de uma pessoa
jurídica própria, bem como, a realização de todos os atos escriturários para
que a ALJUSBA pudesse ter personalidade jurídica própria, de modo a atender
todas as formalidades necessárias para que ela, de fato, saísse do papel. Nesse
interim mais uma vez a pessoa do Dr. Vercil Rodrigues com o meu apoio, de Dr.
José Carlos Oliveira, Paulo Bomfim, dentre outros, foram essenciais para a
finalização dos demais detalhes formais. Após todas as burocracias,
encomendamos as becas, insígnias personalizadas e logomarca para a ALJUSBA, o
que não poderia faltar diante da grandiosidade da instituição.
Como ocorreram a
posse e a instalação da ALJUSBA?
Leandro Coelho
– A posse foi mágica e inesquecível!!! Ocorreu há 10 anos atrás. Cada imortal
convidou um padrinho para a entrega das insígnias. A cerimônia ocorreu na sede
da Loja Maçônica Areópago Itabunenses em um auditório lotado e teve a primeira
diretoria empossada, a qual era composta por mim – Leandro Coelho, presidente,
Vercil Rodrigues, vice-presidente, me recordo que estavam presentes os grandes
nomes do jurídico sul baiana e da capital, Na oportunidade, diversos integrantes
discursaram, sendo que meu destaque foi a presença do saudoso membro honorário
da Academia, o jurista Dr. Eurípedes Brito Cunha, ex-presidente da OAB-BA e
ex-conselheiro federal da OAB, que discursou e atribuiu um ar de empolgação à
cerimônia. Ele sabia da grandiosidade do ato e me recordo que no alto de sua
sabedoria e experiência enalteceu a atitude daqueles que ousaram fundar a
ALJUSBA e das qualidades daqueles que estavam sendo empossados.
Em sua gestão, o
que senhor destaca como principais conquistas institucionais?
Leandro Coelho
– Destaco a realização da posse, a aquisição das indumentárias inerentes à
academia. Em seguida, a criação dos site www.academiadeletrasjuidicasdosuldabahia.com
que foi um grande avanço, pois foi e é através dele que pudemos reunir os dados
dos patronos como principal arcabouço histórico da nossa Academia. Em seguida,
não menos importante, a criação de um portfólio em homenagem a um dos patronos,
o saudoso e brilhante Francolino Neto e a criação do Boletim da Academia. Por
fim, destaco, ainda a divulgação dos integrantes da ALJUSBA em seus diversos
eventos de natureza jurídica na nossa região e no Estado da Bahia e até mesmo
fora dela.
Com se sente por
ter sido historicamente o primeiro presidente da ALJUSBA, a “Casa das Letras
Jurídicas Sulbaiana”?
Leandro Coelho
– Me sinto muito lisonjeado, pois entendi como um referendo para a minha
trajetória jurídica, a qual estava apenas se iniciando diante de todos aqueles
nomes já exaltados na comunidade jurídica sulbaiana. Por isso, procurei honrar
o múnus enquanto estive na presidência.
O que mais chamou
sua atenção do ponto de vista pessoal enquanto esteve na presidência da
ALJUSBA?
Leandro Coelho
–Desde o convite, o que mais me chamou a atenção foi o fato de ocupar a cadeira
3, a qual tem como patrono o jurista JJ. Calmon Passos. Me recordo que ainda na
minha graduação assisti uma palestra do mestre em um encontro baiano de
advocacia e fiquei encantado com tamanha sabedoria reunida em uma única pessoa.
Sendo assim, ocupar a cadeira com o nome do mesmo fez com que me sentisse ainda
mais responsável por desenvolver um bom trabalho frente aos destinos da
ALJUSBA.
Foto: JULAY
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