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terça-feira, 1 de setembro de 2020

MÚSICA ERUDITA - Antonio Baracho


H
á poucos dias um jovem esteve de passagem na minha residência. Convidei que sentasse enquanto aguardava o amigo que mora no andar superior.

Naquele momento, estava ouvindo o gorjeio de alguns jacus, que no final da tarde estavam se abrigando na árvore defronte. Comentei que era sempre assim: as aves chegavam, inclusive os bem-te-vis, proporcionando aquele fenômeno que só existia nas matas ou fazendas de cacau.

O jovem retrucou colocando a mão no ouvido, alegando que aquele barulho se tornava incômodo. Então observei que o cidadão ainda não tinha desenvolvido a sua sensibilidade para aproveitar aqueles momentos.

O perfil da música erudita ou clássica também não pode ser considerada chata mas pode chatear-nos se os nossos ouvidos não estiverem acostumados a ouvi-los, se o gosto e a percepção pela mesma não foram desenvolvidos em nós.

Devo o gosto pela música clássica ao meu saudoso irmão Miguel Raimundo. Portanto, a minha cultura musical teve a sua influência. Foi um homem de grandes virtudes musicais. Tocava divinamente acordeão e participou do conjunto musical "Voluntários do Ritmo", formado por jovens da sua época.

Quando o meu irmão vinha passar as férias em Ilhéus era motivo de "festa" esperado pelos amigos. Assisti vários concertos sinfônicos na Capital e ouvíamos muitos autores da música clássica na nossa residência.

A música clássica é a mais pura expressão da alma e a mais pura arte, onde nela o compositor ultrapassa os limites da linguagem falada e passa a exprimir sentimentos, situações, acontecimentos e emoções alegres ou tristes, falando da vida ou da morte, da influência de um ser superior, elevando a Deus nosso espírito de forma transcendental e se nos apresenta de maneira tal que nos eleva a uma reflexão introspectiva, e pode nos exprimir saudades, amor, solidão, melancolia e ternura.


O temperamento e o amadurecimento do compositor identificam-se com a composição, a exemplo do húngaro Franz Liszt com a virtuose do piano, seu talento e criatividade.

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Antônio Baracho, poeta e psicólogo, membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL e do Clube do Poeta Sul da Bahia.

E-mail: antoniobaracho@hotmail.com

Cel. 73 99102 7937


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Um comentário:

  1. Realmente, para apreciar tanta beleza, precisamos de ouvidos que,celebrem a mais pura arte, para mim, a rainha de todas, a música boa!

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