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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS EMPOSSA SUA NOVA DIRETORIA PARA 2020



"Não haverá saída possível se não lançarmos um olhar frontal e desarmado para o presente. Não como súditos ou inimigos, mas enquanto cidadãos para construir, de forma inclusiva e generosa, o bem comum", enfatiza Marco Lucchesi em seu discurso de posse na Presidência da ABL.

A nova Diretoria da Academia Brasileira de Letras, eleita no dia 5 de dezembro, tomou posse no dia 12 de dezembro, às 17h00, no Salão Nobre do Petit Trianon (Avenida Presidente Wilson, 203 - Castelo, Rio de Janeiro).  

O Presidente é o Acadêmico e escritor Marco Lucchesi. Assumiram, ainda, os seguintes Diretores: Secretário-Geral: Merval Pereira; Primeiro-Secretário: Antônio Torres; Segundo-Secretário: Edmar Bacha; Tesoureiro: José Murilo de Carvalho. 
Em seu discurso de Posse, Lucchesi afirmou: "Não haverá saída possível se não lançarmos um olhar frontal e desarmado para o presente. Não como súditos ou inimigos, mas enquanto cidadãos para construir, de forma inclusiva e generosa, o bem comum’.

 
DIRETORIA DA ABL PARA 2020


MARCO LUCCHESI – Sétimo ocupante da Cadeira n.° 15 da ABL, eleito em 3 de março de 2011, na sucessão de Padre Fernando Bastos de Ávila, Marco Lucchesi, nascido no Rio de janeiro em 9 de dezembro de 1963, é o mais jovem Presidente da Academia Brasileira de Letras dos últimos 70 anos. O mais novo, em toda a história da ABL, foi o Acadêmico Pedro Calmon (1902-1985), que assumiu, em 1945, com 43 anos de idade.
Escritor muitas vezes premiado, tanto no Brasil quanto no exterior, Lucchesi é autor de uma obra que abarca poesia, romance, ensaios, memórias e traduções. Publicou mais de 40 livros ao longo de sua trajetória. Professor titular de Literatura Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem pós-doutorado em Filosofia da Renascença na Alemanha. Formado em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), possui mestrado e doutorado em Ciência da Literatura. Seus livros mais recentes são O carteiro imaterial (ensaios), Clio (poesia) e O bibliotecário do imperador (romance). Ganhou três Prêmios Jabuti da Câmara Brasileira do Livro.


MERVAL PEREIRA – Oitavo ocupante da Cadeira n.° 31, eleito em 22 de junho de 2011, na sucessão de Moacyr Scliar, Merval Pereira é jornalista e comentarista da GloboNews e da CBN, e colunista de O Globo. Foi eleito Correspondente Brasileiro da Academia das Ciências de Lisboa em novembro de 2016. Em 1979, recebeu o Prêmio Esso pela série de reportagens “A segunda guerra, sucessão de Geisel”, publicada no Jornal de Brasília e escrita em parceria com o então editor do jornal, André Gustavo Stumpf. A série virou livro, considerado referência para estudos da época e citado por brasilianistas, como Thomas Skidmore. Em 2009, recebeu o prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante premiação internacional do jornalismo das Américas.


ANTÔNIO TORRES – Nascido na Bahia, Antônio Torres estreou na literatura em 1972, com o romance Um cão uivando para a Lua, considerado pela crítica a revelação daquele ano. Hoje, entre os seus 17 títulos publicados, destaca-se a trilogia formada por Essa terra (1976), O cachorro e o lobo (1997) e Pelo fundo da agulha (2006). Em 1998, foi condecorado pelo governo francês como Chevalier des Arts et des Lettres, pelos seus livros traduzidos na França. Em 2000, teve o reconhecimento nacional ao receber o Prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da sua obra. Em 2001, ganhou o Prêmio Zaffari & Bourbon. Recebeu ainda, entre outros, o Grande Prêmio Cidade do Rio de Janeiro, da Academia Carioca de Letras, e o Prêmio da Academia Petropolitana de Letras, ambos pelo conjunto da sua obra, da 9.a Jornada Nacional de Literatura, da Universidade de Passo Fundo, RS, pelo romance Meu querido canibal. Em 2007, Pelo fundo da agulha foi um dos ganhadores do Prêmio Jabuti. Seus livros, que passeiam por cenários rurais, urbanos e da História, têm tido várias edições no Brasil e traduções em muitos países; da Argentina ao Vietnã. De 1999 a 2005, foi Escritor Visitante da UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, quando ministrava oficinas literárias, realizava aulas inaugurais e proferia palestras nos campi do Maracanã, da Faculdade de Formação de Professores da UERJ em São Gonçalo e da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense da UERJ em Duque de Caxias. 


EDMAR BACHA – Economista, fundador e diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, um centro de pesquisas e debates no Rio de Janeiro, nasceu em Lambari, Minas Gerais, de uma família de escritores, políticos e comerciantes. Sexto ocupante da Cadeira n.° 40, eleito em 3 de novembro de 2016, na sucessão de Evaristo de Moraes Filho, concluiu a Faculdade de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais e, em seguida, obteve o ph.D. em Economia na Universidade de Yale, EUA. É autor de inúmeros livros e artigos em revistas acadêmicas brasileiras e internacionais. O último livro foi Belíndia 2.0: Fábulas e Ensaios sobre o País dos Contrastes.


JOSÉ MURILO DE CARVALHO – Historiador e professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nascido em Andrelândia (MG), fez sua graduação em Sociologia e Política na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e é ph.D. pela Universidade de Stanford. Atuou como professor visitante e pesquisador em diversas universidades estrangeiras, como Oxford, Leiden, Londres, Stanford e Princeton. É autor de vasta produção de artigos e crônicas publicados em jornais e revistas, no Brasil e exterior, e de livros, como Os bestializados (1987), Pontos e bordados (1998), A formação das almas – o imaginário da República no Brasil (1990), Cidadania no Brasil: o longo caminho (2001) e Dom Pedro II (2007). Seu livro mais recente é O pecado original da República.

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