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sexta-feira, 19 de julho de 2019

SÍNODO DA AMAZÔNIA OU CONCÍLIO VATICANO III? – Marcos Luiz Garcia


16 de julho de 2019
Marcos Luiz Garcia

            Para todos nós católicos, o panorama na Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana se enegrece cada dia mais.

            A ofensiva esquerdista que está sendo preparada através do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia prenuncia uma verdadeira revolução, não só a respeito do modo de se considerar a Igreja, mas com reflexos apocalípticos para toda a ordem mundial.

            Há pouco foi publicado o documento Instrumentum laboris, que define a pauta desse Sínodo. É verdadeiramente assustador! Mais apropriadamente, poderia chamar-se Documento Preparatório para o Concílio Vaticano III, pois o Sínodo Pan-Amazônico está para o Concílio Vaticano II como este está para o Concílio de Trento.

            Em outras palavras, a verdadeira explosão de modificações pastorais e doutrinárias que o Concílio Vaticano II provocou na Igreja se repetirá com o lançamento da Igreja Amazônica, mas num âmbito muitíssimo mais grave e radical. A tal hermenêutica da continuidade, já impossível, pura e simplesmente se evapora.

            Para ajudar a compreender melhor o que estou dizendo cumpre retroceder ao Pontificado antimodernista de São Pio X, que pautou sua vida em combater o modernismo, heresia que, segundo ele, continha em si todas as heresias.

            Após São Pio X começou um afrouxamento no combate ao modernismo, que depois deu lugar à ascensão paulatina de uma doutrina que é o próprio modernismo revestido de hipócritas aparências, o chamado progressismo.

            Ao mesmo tempo, um amolecimento sentimental gerado na alma dos católicos subtraiu-lhes a combatividade e inoculou um espírito entreguista, concessivo e meloso, o qual foi se acentuando até o Concílio Vaticano II.

            Suficientemente amolecidos os católicos, foi possível lançar as “novidades” do Vaticano II e, depois, a crescente desfiguração do espírito e da mentalidade católicas. A Teologia da Libertação ganhou impulso e a esquerda católica robusteceu-se muito.

Uma parte dos fieis se escandalizou com o progressismo e o recusou. A estes foi oferecido, em lugar da espiritualidade tradicional católica, um carismatismo oriundo dos protestantes pentecostais americanos.

            Essa mudança na Igreja escandalizou muitos católicos de fé fraca, que por falta de convicções profundas preferiram abandoná-la em troca de religiões protestantes.

            Nada foi feito de relevante pelos Pastores para trazer de volta as ovelhas, porque a postura ecumênica da esquerda católica ensina que não há gravidade em se mudar de religião. Por isso, desde o Concílio Vaticano II até hoje, vemos o rebanho católico brasileiro diminuir de 97% para pouco mais de 50%, sob a indiferença de grande parte dos Pastores. Existe até a proibição de fazer “proselitismo”, ou seja, apostolado para recuperá-los.

            Concomitantemente a isso, uma imensa parte do Clero foi se desfigurando cada vez mais, perdendo sua sacralidade, respeitabilidade e santidade, e se mostrando cada vez mais amigo dos antigos lobos dizimadores do rebanho.

            Notícias de escândalos morais dos mais pesados cometidos por um enorme número de clérigos enchem os jornais de numerosos países, deixando ainda mais perplexas as ovelhas.


            Com profunda tristeza, vemos o atual Pontificado impregnado de coisas inusitadas, de contínuas atitudes francamente perplexitantes, e frequentemente emitindo declarações contrárias à doutrina tradicional, semeando nas almas uma dúvida generalizada sobre o que é propriamente a Igreja Católica, quais são seus princípios verdadeiros e imutáveis, e impondo as perguntas: O que está certo? O que está errado?

            E é justamente em meio a esse caos religioso que é convocado um Sínodo que vai lançar praticamente uma nova igreja, totalmente adaptada à vida tribal dos índios, mas que será uma nova fase a ser aplicada, conforme anunciam seus responsáveis, para a Igreja no mundo inteiro. É o anúncio de uma revolução profunda, que destruirá totalmente a ideia verdadeira da Igreja na maioria dos católicos, lançando-os numa crise de Fé jamais vista.

            Caso esse plano tenha sucesso, os católicos que aderirem a ele mudarão de religião e o imenso rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo se reduzirá a uma minoria. Minoria essa que, provavelmente, terá muito que sofrer. Mas será sustentada pela promessa de Nosso Senhor de que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja, e vencerá com Ele no Triunfo do Imaculado Coração de Maria prometido por Nossa Senhora em Fátima.

Comentários

José Antonio Rocha
17 de julho de 2019

Não tenhamos medo. Tenhamos fé. Os escravos de satanás, os novos Judas, não vencerão. Deus é mais forte que todo o mal. Jesus Cristo venceu o mundo, a morte e o pecado. O coração imaculado da Virgem Maria triunfará. Amém.
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Julio Ricardo Bonilla
17 de julho de 2019

Artigo excelente. Principalmente para deixar clara a responsabilidade da Hierarquia Católica em permitir e propiciar que este estado de coisas tão alarmante seja alcançado na Igreja em geral e neste Sínodo da Amazônia em particular.
Não é só a responsabilidade da nefasta Teologia da Libertação ressuscitada em nossos dias, mas mostra bem como a culpa vem por causa do modernismo anterior ao Vaticano II, por causa deste, e nos dias seguintes, com aquele progressismo autodemoledor que chega até o documento Instumento laboris, forjado por Francisco.
Não há o menor exagero na gravidade da situação que o autor comenta, e tampouco em afirmar que esse drama da Igreja já está atingindo fronteiras apocalípticas. Nunca antes, nos 20 séculos de existência, foram as calamidades tão assustadoras que hoje vemos todos os dias.
Parabéns para o autor do artigo.


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