"Saudações cordiais na manhã deste domingo lindo!
Tomo a liberdade de escrever esta mensagem ao cidadão
comum, meu compatriota, enquanto posso lhe falar sem as excelências que a
presidência da República vai impor.
Primeiro declaro que meu candidato era outro. Daqui do meu
canto eu não vislumbrei sua candidatura. Na verdade pouco me interessei pelos
programas desta campanha presidencial. Um país que permite a
existência de mais de trinta partidos políticos não merece respeito.
À medida que a campanha tomava corpo, que os candidatos
começaram a vociferar, me chamou a atenção o discurso igual e feroz dos
mais antigos, dos "velhos de guerra". Todos contra um.
O churrasquinho da vez era Bolsonaro. E quem era esse tal de
Bolsonaro tão inconveniente, tão perigoso, tão perverso, tão careta, tão
desastrado nas suas aparições?
Por que todos desperdiçavam todo seu tempo de propaganda
atacando o concorrente lanterninha? Eu queria conhecer o plano de governo
de cada um, mas cada um só queria malhar o Judas. O que eles temiam?
Será que aquela gente burra não percebia que o bombardeio
cerrado fortalecia sua candidatura? Que eles estavam dando tiro no próprio pé?
Curiosa, lúcida, politizada, anotei seu nome e número no meu caderninho.
Jair Messias Bolsonaro n° 17
O que me fez assumir sua candidatura foi a facada. Aquela
tentativa de homicídio feriu seu corpo e bateu fundo em mim, ferindo meus brios
de cidadã libertária.
Os mandantes do crime pretendiam o quê? Os mandantes do crime temiam o quê? Ah, não teve mandante deste crime , não? Você acha que um
paspalhão debiloide como aquele, teria a ideia, a iniciativa, a ousadia de
praticar aquele tresloucado ato no meio da multidão, se não tivesse de antemão
a garantia dos quatro advogados de defesa? Conta outra, Zé! Aquela facada
deixou claro que nosso país estava à beira de um colapso. Infelizmente o voto
útil se impunha. Foi então que eu mudei meu voto.
Você não me deve nada, Jair Messias. Não me prometeu
nada. Nem voto me pediu. Assim mesmo eu me dediquei a sua campanha com o melhor
das minhas palavras, intensamente.
Agora, eleito, licença para lhe apresentar minha pauta de
sugestões.
1 - Abra a caixa-preta da Loteria Federal, do BNDES, das
estatais, dos Fundos de Pensão, das autarquias, do legislativo, executivo e
judiciário em todas as instâncias, dos acordos "caridosos" firmados
com os "amigos do peito" dos governos petistas aqui e no exterior;
2 - Garanta a escola sem ideologia e sem religião, por
favor;
3 - Priorize a ferrovia e a hidrovia;
4 - Humanize o tempo de carceragem,
responsabilizando o apenado pela sua despesa. 700.000 presidiários são
uma mão de obra irrecusável para modernização do escoamento de
nossas riquezas. O exército pode cuidar disto com competência.
5 - Recolha e cancele os cartões corporativos;
6 - Reduza as comitivas oficiais dentro e fora do Brasil.
Para reforçar seu compromisso com a transparência e a responsabilidade
fiscal, faça uma visitinha à Croácia, onde uma linda presidente
surpreendeu a humanidade na Copa do Mundo, na Rússia. Vou abrir um parêntese
aqui para elogiar a simplicidade do café com bolo servido na sua garagem para o
representante de Trump. 50 milhões de brasileiros adultos se orgulharam de
você, sabia? E 40 milhões morreram de
inveja.
7 - Reduza pontos facultativos, feriados, feriados
emendados, lutos oficiais prolongados, dias santos... Com todo
respeito pela religiosidade das pessoas, mas esta vagabundagem acaba
prejudicando a indústria, o comércio, o agronegócio, o País como um todo.
Alguém vai chiar, mas não se preocupe. A chiadeira faz parte do argumento dos
folgados;
8 - Diga NÃO com brandura e firmeza. NÃO é uma palavra
poderosa. Pequena. E não dói;
9 - Não dê milho a bode.
Não responda perguntas cretinas.
Eu sonho com um país próspero. Produtivo. Calmo. Com um
presidente justo, austero e firme. Seja este mandatário. Seus eleitores votaram
de graça, felizes. Eu nunca havia visto uma eleição assim, e olhe que eu
tenho 80 anos!
Desculpe se a conversa é comprida. Eu tinha que lhe falar
estas coisas. Paro por aqui e prometo voltar a sua presença se for preciso.
Lembre-se: enquanto a caravana passa, os cães ladram. Haverá
ladrido de cães.
Não se intimide. Nós estaremos por perto.
Cuide-se.
FELIZ NATAL!
Que a solenidade de posse seja um cartão-postal para o
mundo. A certeza de um novo Brasil.
Feliz mandato!
Que os anjos digam AMÉM ao seu governo, ‘Se for para o bem de
todos e felicidade geral da Nação!’
Atenciosamente,
Martha Azevedo Pannunzio
Fazenda Água Limpa
Uberlândia, 19/12/2018"
* * *
PERFEITO!!!!
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