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sexta-feira, 22 de junho de 2018

SILÊNCIO ABSOLUTO – Gabriel Nascif


Silêncio absoluto


No profundo silêncio,
tua voz,
em ársis tímida
busca o oceano
ao canto da lira
na eterna
madrugada de novembro.

No lençol do imundo silêncio
o já ir de tua voz
rasga-se
temporariamente,
perplexa,
escrevendo no ventre da noite
o porquê da injustiça e sorte
                        humana morte
manto de retina circunspecta.
Pranto de fogo aveludado.

(O SOPRO DO CACHOEIRA)
Gabriel Nascif

......

Depoimento de Jorge Araújo, crítico
de arte do Jornal do Brasil, poeta e
contista Grapiúna. De sua autoria – Eu
Nu e Algumas Curtas Estórias, além
de outros trabalhos.

            Ingênua e simplesmente fluida como as águas do rio que intente canta, essa poesia de Gabriel Nascif nasce um pouco da perplexidade e inquietação das novas gerações, perdendo-se e reencontrando-se no interior do poeta. De bom nível e clima estético, emerge um poema – “Silêncio Absoluto” -, centrado na palavra, que antecipa o provável caminho por que o poeta certamente fincará seu marco.
                                                                                                                                                        JORGE ARAÚJO



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