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quarta-feira, 28 de março de 2018

DOM CESLAU STANULA - A Caminhada da Páscoa

24/03/2018

Com o Domingo de Ramos iniciamos a caminhada para a Páscoa e começa a Semana Santa. Nela fazemos a memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

A Semana Santa desenvolveu-se devido a historcização dos últimos momentos de Cristo na terra narrados pelos evangelistas. De modo especial em Jerusalém, onde aconteceram estes fatos, desenvolveu-se a rica liturgia, celebrada desde o Domingo de Ramos até à Páscoa. Seguindo a Jerusalém, o acidente e o resto da Igreja, seguiu vivendo minunciosamente nas celebrações estes fatos, e assim nasceu a Semana Santa, ou a Semana da Paixão. A idade media mais dramatizava a paixão, dando destaque ao sofrimento de Jesus, e menos se a salvação e a vitória de Cristo sobre a morte. Este perigo existe até hoje, de a gente  deter -se só no sofrimento físico de Jesus, e não ver o amor da salvação de Cristo por nós, que nos deve levar a conversão e a vida segundo o projeto de Cristo Jesus.

No Domingo de Ramos, aquele que antecede a Páscoa, Jesus foi a Jerusalém celebrar a Páscoa judaica com os seus discípulos. Entrou em Jerusalém montado num jumento, símbolo da sua humildade, e foi recebido com ramos de oliveira, estendidos no chão à sua passagem, sendo aclamado pelo povo como o Messias, o rei de Israel. Na vivência da celebração do Domingo de Ramos se deve dar o relevo da fé ao reconhecimento messiânico de Cristo no hoje da vida da Igreja e do mundo. A celebração deste Domingo deve valorizar não tantos os ramos, mas o mistério expresso na procissão que proclama a realiza messiânica de Jesus. Vivamos profundamente este mistério. Com a benção e oração.

Uma excelente noite de paz e serenidade.
Dom Ceslau.

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Semana Santa
26/03/2018

Os três primeiros dias da semana Santa o povo de Deus escuta os relatos dos evangelistas chamando atenção da ternura de Jesus para com os seus discípulos e os do seu convívio.

Na segunda feira o Evangelista João nos leva à casa de Lazaro, Maria e Marta, amigos sinceros de Jesus. Maria, “que muito amou” ungiu com o perfume os pês de Jesus, ao protesto de Judas, achando, que isto é um desperdício. Jesus a defende e indica, que os “pobres, para a caridade, sempre tereis entre vós” (J.12,8) mas o que ela fez foi o ato de amor, antecipando a unção para a sua sepultura, e que, em qualquer parte do mundo, onde seja proclamado este Evangelho, se recordará o gesto dela, porque este era o gesto de amor. Só o amor eterniza.

A mesquinhez e falta da generosidade para com o próximo, é também o ato de desamor para com Deus. Examinemos a intenção da nossa gratuidade no serviço a Deus e ao próximo.

Uma boa e repousante noite. Com a benção e oração.
Dom Ceslau

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27/03/2018
Jesus e Maria momentos antes da Paixão

Nestes três dias antes do Tríduo Santo, a piedade popular se encarregou acompanhar a Jesus e a Maria nos momentos antes da sua paixão. O Evangelista São João nos leva ao cenáculo para sentirmos a dor do momento em que Jesus anuncia abertamente a sua morte, a traição e quem é o traidor (J.13,21 ss). Na terça feira Santana em algumas regiões, especialmente em Minas Gerais, são lembradas e celebradas as Sete Dores de Nossa Senhora: 1.A profecia de Simeão (Lc. 2:34-35); 2. A fuga para o Egito (Mt. 2:13-21); 3. Jesus perdido durante a romaria ao templo (Lc. 2:41-51);4. O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lc. 23:27-31);5. Maria debaixo da Cruz e morte de Jesus (Stabat Mater) (J.19:25-27);6. Jesus tirado da Cruz (Mt. 27:55-61);7. Jesus é sepultado (Lc. 23:55-56).

É tão bonito o “Terço das Sete Dores de Maria” – mas pouco conhecido e quase não rezado. (Se reza igual como o terço, só que não são cinco dezenas, mas um Pai Nosso e sete Ave Marias x sete, meditando cada uma destas Sete Dores de Maria. É também a oração baseada nos relatos dos Evangelhos. Reavivamos esta devoção popular.

Na Quarta-feira Santa em algumas igrejas organiza-se famosa procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores com o tradicional Sermão de Sete Palavras. A piedade Popular é rica nas suas expressando de  amor a Jesus e Maria.

Com a benção e oração.
Dom Ceslau.
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Dom Ceslau Stanula – Bispo Emérito da Diocese de Itabuna-BA, escritor, Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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