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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

BISPO DA DIOCESE DE ITABUNA ESCLARECE POLÊMICA SOBRE TRANSFERÊNCIAS DOS PADRES

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O bispo diocesano Dom Carlos Alberto dos Santos, pastor maior da Diocese de Itabuna, concedeu uma entrevista com exclusividade ao repórter do Portal Católico de Notícias, explicando um dos assuntos mais comentados da semana: as transferências dos padres anunciadas no dia 18/12. Na oportunidade, Dom Carlos esclarece todas as dúvidas enviadas ao Portal pelos internautas católicos, paroquianos e população em geral. Confira abaixo a entrevista na íntegra!

Portal Católico: Fale um pouco sobre as transferências dos padres. Eles estavam sabendo dessas mudanças?

Dom Carlos: As transferências são necessárias conforme as orientações que a Igreja nos dá, no mínimo de 6 em 6 anos. Havendo a necessidade, pode acontecer antes ou mesmo depois. Mas a norma, a regra geral, conforme o Direito Canônico, são 6 anos. Aqui, portanto, já tendo gente fazendo 14 anos, já era de se desconfiar, que uma vez, chegando o bispo (já que o anterior não tinha feito), certamente isso iria acontecer. Eu já tinha dito, desde o mês de maio, que cada um se preparasse porque realmente nós pudéssemos fazer isso acontecer. Portanto, todos os padres já estavam sabendo, e de tal forma que, diante de toda necessidade, nós anunciamos essas transferências, para que no próximo ano, a partir do dia 5 de janeiro, possamos já começar a fazer as posses, que já estão marcadas.

Portal Católico: Algum padre que foi transferido está doente? Há algum problema diante dessa situação.

Dom Carlos: Um padre que está doente pediu para ir pra outra Diocese, para fazer uma experiência, tratar da saúde e ficar mais perto da família. Esta foi a palavra que ele colocou em sua carta, por escrito, para mim. Teve um outro caso, que não era tão grave, portanto não tinha motivo para ser transferido para outra Diocese. De forma que, ninguém foi transferido aqui à força, nem para lugares que não tenha como chegar a um médico ou a um hospital. Imaginemos que as pessoas que moram no final de linha da nossa Diocese, que não têm carro, moram no interior, chegam até a paróquia… um padre que tem o carro da paróquia, que tem a possibilidade de alguém que possa trazer, também tem condições de chegar, então este não é motivo para não ser transferido.

Portal Católico: A Igreja Católica tem suas leis reconhecidas no Direito Canônico. Fale um pouco sobre essas normas.

Dom Carlos: O Direito Canônico é o que rege, orienta, conduz, indica caminhos para nós vivermos em nossa Igreja com orientações, metas e orientações de como devemos desenvolver. O Direito Canônico é para aqueles que vivem na Igreja Católica. Nós temos pessoas qualificadas para fazerem as coisas que a Igreja deixou através de Jesus e que possam ser continuadas e cada vez mais amparadas, vivendo na cultura, na sua época, do jeito que Jesus realmente necessita.

Portal Católico: O que é o Ano Sabático? Dois padres solicitaram. Quem foram eles?

Dom Carlos: O Ano Sabático se tira de 10 em 10 anos. É um tempo de parada, de escuta da voz de Deus e tem o único objetivo: estudar para que possa revisar a sua vida, silenciar, ouvir a voz de Deus, rezar mais um tempo, revigorar as forças para depois retornar ao trabalho, continuando a obra da evangelização. Nesse, sentido. Nada mais, nada menos.

Portal Católico: Dois padres solicitaram o Ano Sabático. E quais os trâmites para o retorno à Diocese de Itabuna.

Dom Carlos: Pediram licença por 1 ano. Então com 1 ano eles têm que voltar. E vão voltar para algum lugar, contanto que a Diocese fique sabendo onde estão. Nenhum padre pode ficar vacante, sem local apropriado. Ao sair, ele terá que deixar endereço, número de telefone, para que numa necessidade possa ser convidado a chegar, ou até mesmo para dar uma notícia. Nenhum padre pode sair daqui sem que outro receba lá. As pessoas que vão, vão com um conhecimento do outro bispo para que o padre possa atuar no destino.

Portal Católico: Como fica a situação dos diáconos com as transferências dos padres?

Dom Carlos: Os diáconos estão a serviço da Comunidade. Eles continuarão no mesmo ambiente, porém nós vamos fazer uma revisão, para ver se há uma necessidade de mudança ou não. Caso haja a necessidade, conversaremos com ele para ser feita a transferência para um lugar mais adequado, mais necessário, e que ele possa continuar a evangelização.

Portal Católico: Os religiosos não estão nessa relação de transferência. Por que?

Dom Carlos: Os religiosos têm o seu caminho próprio, vivendo na Diocese com licença do bispo, mas tem os seus superiores. Superior é o que tem o direito de fazer as transferências porque tem o seu carisma próprio e também suas orientações próprias. Cada superior e cada comunidade religiosa é quem deve fazer as transferências. Os nossos redentoristas estão saindo porque já havia feito um convênio para que quando Dom Ceslau terminasse o seu mandato aqui, eles também iriam para outro ambiente, visto que não tem pessoas para fazer as transferências. Então a gente está fechando essa casa, para poder completar uma outra que, no mínimo, deverá ficar 3 pessoas como Comunidades, mas virá uma outra Comunidade para a Piedade, a fim de que possa tomar conta daquela comunidade paroquial e dá continuidade com a evangelização.

Portal Católico: É preciso fazer campanhas para padres saírem ou permanecerem em suas paróquias?

Dom Carlos: Pode fazer campanhas, não tem problema, mas quem sabe da necessidade é o Bispo. Pode haver campanha, mas aqui não é lugar de político nem de política, é lugar de fazer a evangelização. O Bispo é quem sabe juntamente com o Colégio de Consultores ou o Conselho Presbiteral que é realmente quem sabe direcionar para isso que tem o voto consultivo (não é deliberativo) para que a gente possa saber como devemos reger e fazer. Todos os padres já sabiam que iam ser transferidos e então só feito o comunicado.

Reportagem e foto: Valdeni Elias
Edição de texto: Anara Passos (Comunicóloga- DRT 7574)


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Comentário:
25 / 12 / 2017 reply
Pior de tudo é que os padres mais atuantes (na rebeldia) são os mais antigos nas paróquias, com mais de dez anos, e também que já passaram da idade de ficar dando maus exemplos aos jovens. – Esqueceram completamente do voto de Obediência, no dia da Ordenação Sacerdotal?

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2 comentários:

  1. Concordo plenamente com as mudanças que foram feitas.Paróquias que estavam estagnadas na evangelização ,precisava sim de uma mudança.Devemos atrair novas ovelhas para a igreja e não afastá-las. Os jovens devem ter o seu lugar na igreja.Deus abençoe o nosso bispo. Rezemos por ele.

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  2. Toda mudanças gera essas insatisfações, mas e necessária principalmente dentro da Igreja.
    Sem mudanças ficamos estagnados.
    Qdo eles assumem,já são conhecedores desse fatos, então não é novidade.

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