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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

ORELHAS DO LIVRO “LAFAYETTE DE BORBOREMA UMA VIDA, UM IDEAL” – Helena Borborema

Lafayette de Borborema


            “Conheci Lafayette de Borborema e acompanhei parte  de sua trajetória em Itabuna.  Advogado, criminalista de renome, político, bom jornalista, bom cidadão.

            Simples, despido de ambição, vaidade, defendia o cliente com ardor e combatividade, não distinguindo o rico do pobre.

            Tinha em mira a causa e não o cliente e com os olhos fitos na deusa de olhos vendados, símbolo da sua profissão, traçou o rumo a seguir, marchando firme, intemerato, desprendido.

            Lafayette de Borborema não pertence tão somente à memória da família e dos amigos, pertence também à História de Itabuna como um dos membros ilustres que o tempo não pode apagar.

RAYMUNDO CRAVO

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            “Inteligente, vibrátil, assim o víamos, sumido entre pilhas que iam até o teto, do seu “Jornal de Itabuna”. De sua carteira, empoeirada,  lançava aquele olhar arguto, enquanto esboçava, num lado da face, um quase riso entre jovial e sarcástico, do jornalista que estraçalhava com fina ironia o adversário, em cruentas polêmicas dos anos idos. Lafayette de Borborema, o advogado tranquilo, agitava-se e agigantava-se na defesa ou no ataque, sem fugir da linha mestra do Direito, o que bem conhecia.

            E o tipo humano? Alma de criança nos longos bate-papos. Esqueceu-se dos ganhos fartos daquela época, deixou-nos, em sua modéstia respeitosa, prole digna e amada, caminhos a seguir,  sempre vivo em nossa lembrança.

OTTONI JOSÉ DA SILVA

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“LAFAYETTE DE BORBOREMA

            A primeira imagem que me aflora à memória, ao evocar, pela magia da remembrança, a figura humana sob todos os títulos respeitável, do meu amigo Lafayette de Borborema, é a do advogado, que na tribuna do Júri ou na defesa das causas cíveis, tinha uma conduta retilínea das mais louváveis, o que lhe dava uma autoridade moral das mais meritórias.

            Mas o que me atraía neste homem, de pequena estatura, mas de avantajado  porte moral,  era sua participação como advogado criminal, defendendo inocentes injustiçados ou condenando, com o cautério de sua dialética irrespondível, os celerados da pior espécie,  que ontem, como hoje, perturbam o funcionamento normal das sociedades.

            Na tribuna do Júri era um leão de juba eriçada, na defesa de princípios morais que serviram de norte a toda sua existência, esgrimindo com a perícia de um d’Artagnan e pondo fora de combate adversários da melhor estirpe, com a força destruidora de seus argumentos, tudo isso de maneira ética e estritamente profissional.

            Esta a lembrança imperecível que tenho do grande lidador, que se chamou em vida Lafayette de Borborema.

JOSÉ NUNES DE AQUINO

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 (Lafayette de Borborema: UMA VIDA, UM IDEAL)
Helena Borborema
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HELENA BORBOREMA -  Nasceu em Itabuna. Professora de Geografia lecionou muitos anos no Colégio Divina Providência, na Ação Fraternal e no Colégio Estadual de Itabuna. Formada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia de Itabuna. Exerceu o cargo de Secretária de Educação e Cultura do Município
(A autora)

Conhecida professora itabunense, filha do Dr. Lafayette Borborema, o primeiro advogado de Itabuna. É autora de ‘Terras do Sul’, livro em que documento, memória e imaginação se unem num discurso despretensioso para testemunhar o quadro social e humano daqueles idos de Tabocas. Para a professora universitária Margarida Fahel, ‘Terras do Sul’ são estórias simples, plenas de ‘emoção e humanidade, querendo inscrever no tempo a história de uma gente, o caminho de um rio, a esperança de uma professora que crê no homem e na terra’.
(Cyro de Mattos)

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Um comentário:

  1. Excelente sua iniciativa em tornar público material já não disponível para aquisição nas livrarias. Principalmente se tratando da pouco conhecida história da formação de Itabuna.
    Parabéns!

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