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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

DO TEXTO AO TEXTO - Agenilda Palmeira

Do Texto ao Texto

          Existe uma máxima consagrada pelos mais diversos conselheiros de escrita – quase um mantra universal – Segundo a qual escreve melhor quem é um leitor contumaz. A sentença é apenas parcialmente válida.

          Escreve melhor aquele que, bom leitor, também exercita muito a escrita ler é uma atividade muito mais complexa do que a simples interpretação de símbolos gráficos, de códigos, requer que o indivíduo seja capaz de interpretar o material lido comparando e incorporando o lido ao vivido, ou seja requer que o indivíduo mantenha o comportamento ativo diante da leitura. Pois a leitura é um dos grandes, se não o maior, ingrediente da civilização. Aprendemos a ler a realidade em nosso cotidiano social.

          Desde criança, identificamos atitudes agressivas, diferenciando-as das receptivas. A convivência em sociedade nos ensina a perceber que lugares devemos frequentar, que comportamentos devemos adotar ou evitar em determinadas situações. Adquirindo nossa cultura, aprendemos a ler nosso grupo social, interiorizando os pequenos rituais estabelecidos para as relações sociais. Tomamos consciência também de que somos permanentemente “lidos”, o que nos leva a utilizar nosso comportamento como uma forma de linguagem, capaz de agradar, despertar simpatia, agredir, demonstrar indiferença. Com isso a história da comunicação humana é extensa.

          O suficiente para oferecer toda a sorte de experiência com a escrita. De Texto ao Texto exige alguns pontos fundamentais para serem evitados entre eles os vícios de linguagens como: movimentar a cabeça enquanto lê, não produz nenhum efeito positivo; regressar no texto durante a leitura, pessoas que têm dificuldade de memorizar um assunto provoca seção a linha de raciocínio e raramente explica o desconhecido, o que normalmente é elucidado no decorrer da leitura. É preciso sempre manter uma sequência e não ficar indo e vindo ao texto. Necessitamos é buscar uma leitura eficiente pois a leitura é um dos grandes, se não o maior, ingrediente da civilização, pois ela é uma atividade ampla e livre.

          Ler e escrever são a tônica para interpretar texto. Eles podem ser visto como uma unidade cujo o sentido é alcançado pela articulação de partes intencionais menores – ideias, palavras e sentenças aleatoriamente há um conjunto de fatores que garante que um texto seja um texto: Situacionalidade, informatividade, coerência, coesão, intencionalidade, intertextualidade e aceitabilidade . Na questão interpretativa leva em conta também um aprendizado social inclui ainda formas de pensar a realidade. Aprendemos a penas, exemplificando que devemos buscar conhecimentos técnicos e científicos para ingressar no mercado de trabalho de maneira vantajosa, porque o mundo social é permanentemente leitor e leitura dos seus indivíduos. Nossa cultura nos transfere conhecimentos sobre a realidade e formas de pensá-la.

          Indo do texto para texto a interpretação de um texto parte sempre de algumas perguntas que podemos fazer sobre aquilo que lemos. O mundo se move com as perguntas. Uma exposição pode ser vista como uma “resposta” a uma questão. E, como a dissertação é um texto expositivo de caráter analítico – argumentativo, ela também pode ser vista nestes termos. Infelizmente não há espaço para tratarmos neste artigo. Nesta última parte vamos trabalhar um pouco com a multiplicidade de sentidos. Em um texto é necessário prestar atenção no modo como as palavras são empregadas. Muitas vezes, a multiplicidade de sentidos é intencional, visando a criar um efeito de humor ou ironia.

          A semântica é um item importantíssimo na interpretação textual. As frases podem ser articuladas por mecanismos lógicos e pelo contexto, nas relações lógicas nós temos: O pressuposto, ideia implícita, a dedução, indução. De texto ao texto. Podemos concluir as relações de significações como a segmentação, seleção de palavras e rede de sentido, ideologia, estereótipos e outras vozes. Multiplicidade de sentidos: polissemia e ambiguidade, relações lógicas e a ortografia. Num texto encontramos a intenção do autor que são as funções da linguagem: Função poética, função emotiva, função referencial, função apelativa e função fática.

          A semântica nos tempos verbais é outro veículo nesta caminhada do texto ao texto. Presente do indicativo apresenta aspectos: habitual, durativo, sentido universal ou atemporal, futuro próximo, futuro indeterminado. Futuro do presente: além do próprio futuro pode expressar o presente. Finalizando, ler e interpretar é uma necessidade, porque ler é viver!.             

Agenilda Palmeira, professora.
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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