A palavra NAMASTÊ é o cumprimento em sânscrito que
literalmente significa “Curvo-me perante a ti”.
NAMAS (reverenciar, saudar, curvar-se) TE (ti) Namastê
é a forma mais digna de cumprimento de um ser humano para outro. Expressa
um grande sentimento de respeito. Invoca a percepção de que todos nós
compartilhamos da mesma essência, da mesma energia, do mesmo universo. Namastê
possui uma força pacificadora muito intensa.
Em síntese é “Saúdo a você, de coração”! e deve ser
retribuído com o mesmo cumprimento. O Deus que habita em mim saúda o
Deus que habita em você. O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti. O
Espírito em mim reconhece o mesmo Espírito em você. A minha essência saúda a
sua essência. As pessoas que trocam indiferença, desconfiança ou ódio, são
pessoas que esqueceram que Deus habita cada ser.
Conhecido pelos budistas como Anjali Mudra, consiste no
simples ato de pressionar as palmas das mãos ante o coração e os dedos
apontando para cima, no centro do peito. Inclina-se levemente a cabeça sem
ser acompanhado de palavras. Frequentemente fecha-se os olhos, para então
curvar-se a coluna, em sinal de respeito à divindade que preenche todos os
espaços do universo. A coluna retorna à posição ereta mais lentamente do
que quando abaixou, também simbolizando respeito à outra pessoa. Os cinco
dedos da mão esquerda representam os cinco sentidos do coração, enquanto os
dedos da mão direita representam os cinco órgãos da razão.
Significa então que mente e coração devem estar em harmonia,
para que nosso pensar e agir estejam de acordo com a Verdade. Também
é um reconhecimento da dualidade que existe no mundo, simbolizando a união das
polaridades, esquerda e direita, bem e mal e sugere um esforço de nossa parte
para manter essas duas forças unidas em equilíbrio. Dez dedos unidos no
Namastê. O número dez é símbolo da perfeição, da unidade, do equilíbrio
perfeito.Os dez Mandamentos As dez emanações da Árvore da Vida, Os dez vértices
da estrela de Pitágoras. A Parábola dos Dez Talentos (Mt,25) Toda a criatura é
um reflexo dos Dez Atributos Divinos: Apego, Bondade, Conhecimento,
Entendimento, Esplendor, Harmonia, Perseverança, Realeza, Sabedoria,
Severidade.
Namastê traz o Sagrado para dentro de cada ser
humano, afirmando que Deus não está no céu, num templo ou mesmo na
natureza. Deus está em tudo, em cada um de nós e qualquer dissociação da
imagem do divino da nossa é inútil. Ao fazer o Namastê, afirmamos que
todos somos filhos e partes do Sagrado, indissociáveis e iguais.
Sofrendo
influência de Victor Hugo, a poesia romântica da terceira geração (Castro
Alves, Tobias Barreto) é chamada de “condoreira”. O CONDOREIRISMO
caracteriza-se pela linguagem pomposa e oratória, pelos ideais de liberdade que
prega e pelas imagens grandiosas que utiliza. O principal representante desta
poesia é Castro Alves que, além da poesia social, fez também poesia amorosa.
CASTRO ALVES
Antônio de
Castro Alves nasceu em Muritiba, BA, hoje Castro Alves, em 1847, e faleceu na Bahia
em 1871.
Em 1864,
matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife. Apaixonou-se pela atriz de
teatro Eugênia Câmara. Transferiu-se, em 1868, para São Paulo. Abandonado por
Eugênia Câmara, para esquecê-la, dedicou-se à caça. Um dia disparou a arma
contra o próprio pé e acabou morrendo de tétano e tuberculose.
Obras:
Espumas Flutuantes (poemas); Gonzaga ou A Revolução de Minas (teatro); A
Cachoeira de Paulo Afonso (poema).
Poemas
famosos: O Navio Negreiro – Vozes d’África – O Livro e a América.
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Poesia social
Superando
o extremado subjetivismo dos poetas que o antecederam, Castro Alves significa o
último momento do Romantismo, quando este adquire um sentimento social e
revolucionário. A poesia deixa de ser pura expressão do EU, torna-se uma arma
de combate a serviço da justiça e da liberdade. Defensor dos oprimidos, Castro
Alves fez da escravidão negra o alvo predileto de seus poemas humanitários e
abolicionistas. “O Navio Negreiro” e “Vozes d’África” são dois dos melhores
poemas da literatura brasileira. É possível ficarmos indiferentes diante da
força dramática de “O Navio Negreiro”?
Ao
contrário dos primeiros românticos, versando sobre o amor, Castro Alves não se
esquiva, não negaceia: o amor é, nele, sensual e realizado. As relações
amorosas são apresentadas de maneira viril, saudável, objetiva. Suas mulheres
são de carne e osso e são amadas concretamente. Do poema “Boa noite”:
“Boa noite, Maria! Eu vou-me embora.
A lua nas janelas bate em cheio.
Boa noite, Maria! É tarde... é tarde...
Não me apertes assim contra teu seio.”
(NOVO HORIZONTE - Português Vol.II)
Izaías Branco da Silva & Braz Ogleari – Companhia
Editora Nacional
Se eu pudesse dar um conselho em relação ao futuro, diria:
"Use filtro solar”.
Os benefícios, a longo prazo, do uso do filtro foram cientificamente
provados. Os demais conselhos que dou baseiam-se unicamente em minha própria
experiência. Eis aqui um conselho: Desfrute do poder e da beleza de sua
juventude. Oh, esqueça. Você só vai compreender o poder e a beleza da sua
juventude quando já tiverem desaparecido. Mas, acredite em mim.
Dentro de vinte anos, você olhará suas fotos e compreenderá, de um jeito que não pode compreender agora, quantas
oportunidades se abriram para você. Era realmente fabuloso. Você não está tão
fora de forma quanto imagina. Não se preocupe com o futuro. Ou se preocupe, se
quiser, sabendo que a preocupação é tão eficaz quanto tentar resolver uma
equação de álgebra mascando chiclete. É quase certo que os problemas que
realmente têm importância em sua vida são aqueles que nunca passaram por sua
mente, tipo aqueles que tomam conta de você, em alguma terça-feira ociosa.
Todos os dias faça alguma coisa que seja assustadora.
CANTE! Não trate os sentimentos alheios de forma
irresponsável. Não tolere aqueles que agem de forma irresponsável em relação a
você.
RELAXE! Não perca tempo com a inveja. Algumas vezes
você ganha, algumas vezes perde. A corrida é longa e, no final, tem que contar
só com você. Lembre-se dos elogios que recebe. Esqueça os insultos. Se
conseguir fazer isso, me diga como. Guarde suas cartas de amor. Jogue fora seus
velhos extratos bancários.
ESTIQUE-SE! Não tenha sentimento de culpa se não sabe
muito bem o que quer da vida.
As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham, aos
22 anos, nenhuma ideia do que fariam na vida.
Algumas pessoas interessantes de 40 anos que conheço ainda
não sabem. Tome bastante cálcio. Seja gentil com seus joelhos. Você sentirá
falta deles quando não funcionarem mais. Talvez você se case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não. Talvez se divorcie aos quarenta, talvez
dance uma valsinha quando fizer 75 anos de casamento.
O que quer que faça, não se orgulhe nem se critique demais.
Todas as suas escolhas tem 50% de chance de dar certo. Como
as escolhas de todos os demais. Curta seu corpo da maneira que puder. Não tenha
medo dele ou do que as outras pessoas pensem dele. Ele é seu maior instrumento.
DANCE! Mesmo que o único lugar que você tenha para dançar seja sua sala de
estar. Leia todas as instruções do manual mesmo que você não as siga.
Não leia revistas de beleza.
A única coisa que elas fazem é mostrar você como uma pessoa
feia. Saiba entender seus pais. Você nunca sabe a falta que vai sentir deles.
Seja agradável com seus irmãos. Eles são seu melhor vínculo com seu passado e
aqueles que, no futuro, provavelmente nunca deixarão você na mão. Entenda que
amigos vão e vem, mas que há um punhado deles, preciosos, que você tem que
guardar com carinho. Trabalhe duro para transpor os obstáculos geográficos e da
vida, porque quanto mais você envelhece tanto mais precisa das pessoas que
conheceram você na juventude.
More em uma cidade grande, mas mude-se antes que a cidade
transforme você em uma pessoa dura.
More em uma cidadezinha do interior, mas mude-se antes de
tornar-se uma pessoa muito mole. Aceite certas verdades eternas: Os preços
sempre vão subir; os políticos são todos mulherengos; você também vai
envelhecer. E quando envelhecer, vai fantasiar que quando era jovem, os
preços eram acessíveis, os políticos eram nobres de alma e as crianças
respeitavam os mais velhos.
VIAJE! Respeite as pessoas mais velhas.
Não espere apoio de ninguém. Talvez você tenha uma boa
aposentadoria. Talvez você se case com uma pessoa rica. Mas, você nunca sabe
quando um outro ou outro podem desaparecer. Não mexa muito em seu cabelo.
Senão, quando tiver quarenta anos, vai ficar com a aparência de oitenta e
cinco. Desconfie das pessoas que lhe dão conselhos, mas seja paciente com elas.
Dar conselho é uma forma de resgatar o passado da lata do lixo, limpá-lo,
esconder as partes feias e reciclá-lo por um preço maior do que realmente vale.
Mas, acredite em mim quando falo do filtro solar.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo
João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus apareceu de novo aos discípulos, à
beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: Estavam juntos Simão
Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu
e outros dois discípulos de Jesus. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou
pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”.
Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela
noite. Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os
discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus disse: “Moços, tendes
alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”.
Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e
achareis”. Lançaram, pois, a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa
da quantidade de peixes. Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a
Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua
roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. Os outros discípulos vieram com
a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da
terra, mas somente a cerca de cem metros. Logo que pisaram a terra, viram
brasas acesas, com peixe em cima, e pão. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos
peixes que apanhastes”.
Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a
terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de
tantos peixes, a rede não se rompeu.
Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se
atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. Jesus
aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o
peixe.
Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos,
apareceu aos discípulos. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro:
“Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”
Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”.
Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros” .E disse de novo a Pedro: “Simão,
filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”.
Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. Pela terceira vez,
perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?”
Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele
o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus
disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas.Em verdade, em verdade te digo: quando
eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho,
estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres
ir”. Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a
Deus. E acrescentou: “Segue-me”.
Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Padre Roger
Araújo:
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Ressurreição:
experiência que nos tira de um fatal "ponto morto"
Sieger Koder
“...e naquela noite não apanharam nada” (Jo 21)
Estamos desfrutando do tempo Pascal no qual tudo na vida dos
cristãos (a liturgia, os símbolos, as leituras da Palavra de Deus, as flores, o
branco litúrgico, e inclusive, em algumas partes do mundo, o tempo meteorológico)
nos fala da vitória da vida. É, sem dúvida, um tempo precioso no qual ressoa o
Aleluia da noite de Páscoa e se prolonga na liturgia, na vida e nos
corações.
O Evangelho deste domingo (3º Dom Páscoa) nos conduz até à
“praia pascal” da Galileia. Depois dos terríveis capítulos anteriores (gritos,
sangue, cruz, violência, tortura, morte...), os apóstolos se encontram de novo
na Galileia, numa paisagem quase idílica, dedicados outra vez à pesca, como se
nada tivesse acontecido. O texto está cheio de simbolismos, de significados
insinuados e de sugestões, mas basta recordar que tudo acontece no alvorecer,
nessa hora tão charmosa na qual vemos ainda com dificuldade.
O encontro com o Ressuscitado nas praias da Galileia nos
motiva a buscar um novo sentido e uma nova inspiração para o cotidiano de
nossas vidas. De fato, nem todos os dias são iluminados pelos êxitos; tampouco
as noites. Há dias que anoitecem e há noites que amanhecem em meio a muitos
fracassos. Nem todas as manhãs nossos pescadores chegam ao porto com suas
barcas carregadas de peixes.
A vida tem seus êxitos e seus triunfos. Mas também suas
derrotas e fracassos. É preciso saber acolher os triunfos sem que a fumaça do
ego cubra nosso coração. E é preciso saber assumir a desilusão do fracasso, sem
por isso sentir-nos derrotados. Os triunfos podem alimentar ilusões; os
fracassos põem à prova nossa resistência e nossa constância.
Os discípulos, naquela noite não tinham pescado nada, além
do cansaço e do frio do lago. Mas não tinham perdido a esperança. A pesca tinha
sido um fracasso e, a partir da margem, um estranho personagem lhes sugere que
lançassem as redes do outro lado do barco, como se eles não soubessem onde
deveriam lançá-las; surpreendentemente eles têm grande êxito na pescaria. Nesse
momento, o discípulo amado diz a Pedro: “É o Senhor!”
Adiantou-se a todos sem mover-se do lugar; olhou para frente
sem soltar a ferramenta de trabalho; não gritou sua descoberta; simplesmente
sussurrou, mas entre admiração e comoção: “É o Senhor!”
Voltou a sentir a água caindo sobre seus pés e o pulsar de
um coração na noite do Serviço e do Amor; suas mãos não deixaram a rede de
lado, mas seu olhar foi mais além: “É o Senhor!”
E, como sempre, Jesus se encanta com os encontros em torno
ao fogo e à refeição. Ele se manifesta nas coisas simples da vida. Não foi
preciso palavras. Um coro de silêncios interiores proclamava: “É o Senhor!”,
enquanto se espalhava no ar um agradável odor a peixe recém assado.
Podemos considerar que a exclamação do discípulo amado -“É o
Senhor”! - mostra o que significa ser contemplativo. O verdadeiro contemplativo
pascal olha ao seu redor, à realidade mesma, à vida em sua contradição, com
suas obscuridades e suas claridades, com suas grandezas e suas misérias, com
seus êxitos e seus fracassos..., e descobre nela os sinais pequenos, frágeis,
vulneráveis e, às vezes, aparentemente contraditórios da presença do
Ressuscitado em nossas vidas. Talvez seja este um dos desafios mais importantes
da vida cristã neste nosso mundo tão cheio de mensagens, de bombardeio de
notícias, de imediatismo e rapidez, de encontros e desencontros.
Nós, seguidores(as) do Ressuscitado neste séc. XXI, do mundo
digital, da pós-modernidade ou da arqui- pós-modernidade, da “cultura liquida”
e dos “não-lugares”, deste mundo complexo e fascinante no qual nos toca viver e
ao qual devemos amar, podemos ser esses humildes contemplativos que, em meio
aos afazeres cotidianos, sussurram com emoção -“É o Senhor!”- e apontam para o
Ressuscitado, presente nas penumbras da vida.
Essa é talvez a missão central da nossa vida cristã hoje:
captar com emoção a luz que abre passagem entre as folhas da densa floresta,
contemplá-la com gratuidade, indicá-la com humildade e anunciá-la com amor. E,
mais ainda, devemos nos sentir chamados a deixar transparecer a luz da
ressurreição na própria realidade interior, para poder ser presença iluminante
no contexto tão obscuro no qual vivemos.
É a vida inteira que deve ser iluminada pelo acontecimento
pascal. Viver, para o cristão, é acolher sua vida, com suas luzes e sombras, à
luz do Ressuscitado que, embora não o veja de maneira transparente, continua se
fazendo presente nas praias da nossa existência. Não há obscuridade que não
possa ser iluminada; não há situações, por mais difíceis que sejam, que não
possam ser revertidas pela presença d’Aquele que está no meio de nós.
Gastamos energia em dissimular nossas falhas e fracassos
quando, afinal, é pela sua aceitação que a porta poderá abrir-se para esse
Outro que, por sua vez, nos ama incondicionalmente. No segredo do coração
podemos pressentir que estes fracassos, estas dificuldades são, talvez, a nossa
maior sorte. Porque através deles nos libertamos de nossas ilusões sobre nós
mesmos. Eles tendem a nos deprimir, mas também podem ser uma ocasião para nos
fazer mais humanos e humildes. Acolher o fracasso é retirar nossas couraças,
revelar-nos abertos, tolerantes e compassivos.
Segundo um místico “felizmente Deus criou falhas em nós;
caso contrário, não vejo por onde Ele poderia entrar em nossa vida!”. Nossa
vivência da fé pascal também nos revela que Deus tem mais facilidade de entrar
na nossa vida pela porta dos fracassos, das feridas, das crises... Aqui é onde
nos sentimos mais desarmados, mais abertos e mais sensíveis à acolhida do Deus
surpreendente que sempre vem ao nosso encontro. Por outro lado, Deus encontra
muito mais resistência de se fazer presente em nossa vida quando nos centramos
na busca da perfeição, das virtudes... Aqui estamos “formatados”, fechados em
nossa autossuficiência. Através dos fracassos nos aproximamos de nosso ser
essencial e da fonte de recursos que transforma estes fracassos em caminhos de
realização.
O Pe. Adolfo Nicolás (ex-superior geral dos jesuítas)
afirmou certa vez: “é preciso celebrar nossos fracassos”. Causa estranheza ao
ouvir tal afirmação, pois vivemos em um mundo onde somente os êxitos e vitórias
são celebrados. Mas, o certo é que, quando compartilhamos e acolhemos nossos
fracassos, derrotas e quedas, surge uma corrente de comunhão especial, nos
sentimos mais autênticos e vivemos tais situações duras como parte de uma vida
que, ao mesmo tempo, é difícil e preciosa, que desafia e recompensa, que
golpeia e abraça. Assim, podemos crescer na consciência de que esses momentos
também são constitutivos de nossa identidade; eles se revelam como ocasião
privilegiada para ativar outros recursos e possibilidades que certamente não
brotariam em tempos tranquilos.
Texto bíblico: Jo 21,1-19
Na oração: Percorrendo o cap. 21 de João captamos a
profundidade da contemplação inserida na vida ativa.
- Não coloquemos fronteiras ao Espírito que irá moldando
nossa visão e nossa escuta e, como João, nos fará proclamar: “É o Senhor!”, sem
soltar a ferramenta, nem o computador, nem o carro, nem o bisturi, nem o livro,
nem o pincel, nem o microfone, nem a vassoura...
Esta é a
expressão da minha amiga Mírian depois do lufa-lufa da semana.
Mírian tem
um pequeno sítio em Itapoan, onde costuma passar os finais de semana.
Ao dirigir-se
para este recanto, ela diz: “vou para o meu mundo”.
Como é bom
a gente constatar que tem um mundo. Mas, nem todos podem dar-se ao luxo de ter
um sítio onde possa isolar-se e gozar de seu mundo.
O silêncio
é importante em nossa vida. Mas, como o homem profano vive entre ruídos, o
silêncio, então, representa a morte.
Humberto Rohden
diz: “Silêncio é receita – ruído, despesas.” E quem tem mais despesas do que
receitas, abre falência. Então, a nossa humanidade está permanentemente falida.
E como
fazer para que o nosso silêncio não seja interrompido pelo ruído?
Para tudo
há jeito. Não é necessário comprar um sítio. Muitas vezes compramos casa de
campo, sítio, fazenda, mas o ruído nos acompanha.
O importante
é construir o nosso mundo e ao fazê-lo, cuidar para que ele seja à prova de
som. Só assim, onde formos não seremos importunados.
Há uma
quadra popular que diz:
“Dizem que há mundo lá fora
Eu não sonho, nunca vi;
Que me importa outro mundo,
Se o meu mundo é todo aqui.”
Quando estamos
satisfeitos com o nosso mundo, é assim que vivemos.
Que me
importa os ruídos, os blás-blás do exterior. A nossa sociedade constrói um
mundo exterior, onde predomina a aparência. Mas nessa mesma sociedade existem
homens que tentam construir um mundo interior. E este mundo interior, só será construído
com a dinâmica do silêncio. Por isso Jesus Cristo antes de partir para a vida
pública, ficou no deserto durante quarenta dias. Construiu o seu mundo
interior. Como Jesus Cristo, os grandes místicos e os grandes cientistas se
refugiaram no silêncio.
Einstein achava
a solidão a melhor companhia, a mais agradável. Esta solidão só se torna
agradável quando ela deixa de ser solidão para ser companhia. E se colocarmos
em nossa solidão o Cristo, seremos felizes e poderemos dizer: “Que me importa
outro mundo, se o meu mundo é todo aqui.”
(CARROSSEL)
Marília Benício dos Santos
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“Lendo este livro, ou melhor, saboreando suas páginas, aos
poucos nos apercebemos de que o trivial é, para Marília, o lugar próprio de
encontro e de diálogo. Assim, ela nos prende e nos encanta desde o primeiro
momento, precisamente pelo fato de que canta a vida, em suas alegrias e em suas
tristezas, mas, sempre, na perspectiva feliz da esperança”. (Lygia
Costa Moog).
Ao se formar em Direito, o bacharel ainda não pode trabalhar
como advogado. Para atuar é necessário prestar o famoso exame da Ordem (OAB) e
ser aprovado (*). Para um médico, somente após inscrito no Conselho Regional de
Medicina o qualifica ao exercício legal da profissão. Analogamente, um
engenheiro tem a obrigação de ser registrado no Confea/CREA.
Com frequência volta à tona a discussão sobre a
obrigatoriedade de vínculo do profissional aos órgãos que regulam suas
atividades. Certamente que não defendo aqui a extinção das instituições que
regulam cada profissão, pois são obviamente necessárias. Porém, será que devem
existir monopólios que avaliam profissionais recém formados como hoje?
Acredito que todos os formados, de qualquer profissão de
nível superior, devem fazer uma avaliação após o término de seus cursos,
através de uma instituição independente da faculdade. Com isso mantemos a
qualificação mínima desejada desses profissionais, pois é de conhecimento
público a existência dos inúmeros cursos universitários “caça-níqueis” pelo
Brasil afora, infelizmente.
Mas, ao fazer uma abordagem holística, eu pergunto: será
realmente necessário que essa avaliação seja exclusiva de instituições que
acreditam serem detentoras do monopólio da virtude? Já não chegamos ao momento
de pensarmos num modelo disruptivo?
Ao conversar com diversos amigos advogados, ouço reclamações,
em off, claro, por motivos óbvios, que sentem-se incomodados com a
obrigatoriedade do exame da Ordem para poderem exercer a profissão. As críticas
são em diversos aspectos, mas não entrarei em detalhes por não ser esse o foco
deste artigo.
Particularmente, sou contra a exigência deste exame
oferecido por um órgão único, como acontece com a OAB, por exemplo, mas sou
favorável a um meio termo:
Defendo que o exame da profissão (não apenas de advogados)
continuem existindo;
2) Esses exames deveriam ser elaborados e aplicados por instituições sem
vínculo com as faculdades/universidades;
3) Sou contra o monopólio, ou seja, deveria existir concorrência entre essas
instituições citadas;
4) O profissional deveria ter diversas opções de prestar os hipotéticos
variados exames, se assim o desejasse, podendo ser aprovado (ou não) em todos
eles;
5) Ao ser aprovado o profissional receberia um “selo de qualidade” oferecido
pela respectiva instituição.
Com esse protocolo, o próprio mercado se responsabilizaria pela
valorização da instituição X ou Y, extinguindo aquelas que não fossem
adequadas. Em outras palavras, se uma instituição diminuísse demais o nível de
sua avaliação, qualificaria maus profissionais, perderia a credibilidade no
mercado e consequentemente diminuiria a procura dos profissionais por sua
avaliação a médio/longo prazo.
Com uma lapidação aqui outra ali, a proposta é simples
assim.
Vale um selo de qualidade?
(*) Há um PL (5749/2013) que tramita no Congresso Nacional
[1] que permite que o bacharel em Direito atue na fronteira entre o estagiário
e o advogado, não podendo assinar nem representar um cliente como profissional
da área.
O poder da imaginação é mais forte que o da vontade!
Geralmente
os doentes pensam:“Quero ficar curado”, mas existem muitas pessoas que não
conseguem a cura. Por outro lado, há pessoas que se curam até mesmo com
chás caseiros e sem valor quando os utilizam com a fé de que“Serão curados!”.
O “Quero ficar curado” é a Vontade! O “Serei curado” é a Fé ou o Poder da
Imaginação.
A “Vontade” sozinha não consegue concretizar o desejo de ser
curado, mas a “Fé” ou a “Imaginação” de quando se diz: “Serei
curado!” concretiza a cura. A coisa almejada não se concretiza quando a
“Vontade” e o “Poder da imaginação” estão fora de sincronismo. A tentativa
de dominar pela força da vontade um pensamento contrário, só servirá para
aumentar e fortalecer ainda mais o pensamento que se deseja dominar.
O pensamento é criador!
Se você conhecer a verdade de
que o pensamento é criador e que somente a ideia tem existência real, você deverá
ter consciência de que o seu pensamento é uma arma poderosa e mais eficaz do
que qualquer outro tipo de arma. Assim sendo, jamais deverá ter
pensamentos vis ou incorretos e tampouco deverá pensar em infelicidade,
desgraça, doença, conflito ou desarmonia.
O seu pensamento deverá ser elevado, puro e sadio, pensando
sempre na felicidade, saúde, prosperidade, harmonia e paz. Saiba que o seu
destino é traçado pelos seus próprios pensamentos e não por alguma força
material de fora. O seu pensamento é aparecimento, no seu corpo e no seu meio
ambiente, de tudo aquilo que você pensou. Torne o seu pensamento mais elevado,
mais puro, mais belo e mais próspero.